26 Nov
Diversão e reflexão marcam o quarto dia de debates da Mostra Competitiva

Debate sobre Alice Júnior no Hotel Grand MercureDebate no Hotel Grand Mercure. Foto: Mayangdi Inzaulgarat

Mediada pela jornalista Flávia Guerra, a conversa abrangeu os curtas-metragens A Nave de Mané Socó e Cabeça de Rua, e o longa Alice Júnior

O quarto dia de debates da Mostra Competitiva do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, nesta terça-feira (26), teve início com o bate-papo sobre o curta A Nave de Mané Socó, de Severino Dadá. Bem humorado, o veterano diretor contribuiu para incorporar mais um verbete à cultura cinematográfica: a “fuleragem fiction”.

O termo define bem a descontrolada visita de extraterrestres a uma pacata cidade do sertão pernambucano contada no curta-metragem. Em tom sensacionalista, a rádio local narra as misteriosas abduções do planeta vermelho.

O diretor dividiu com a plateia informações tristes, como sua prisão em 1964, durante a ditadura. Outras curiosas, a exemplo de sua função de montador na obra de diretores famosos, como Nelson Pereira dos Santos. Também revelou “causos” engraçados ao dizer, por exemplo, que o curta exibido durante o 52° FBCB foi uma obra realizada graças ao nepotismo, pois praticamente todo o processo envolveu familiares, a começar por seu filho primogênito.

Ao dissertar sobre Cabeça de Rua, a diretora Angélica Lourenço e a produtora e montadora Léa Monteiro desenvolveram as ideias levantadas no curta para ilustrar os desafios das mulheres, incluindo as dificuldades para retratar, nas personagens, temas relevantes ao universo LGBTQ+.

Na trama, após muitos anos como lavadora de carros, Célia recebe uma proposta para um trabalho fichado em uma loja. Em seu último dia na rua, ela precisa passar seu ponto de trabalho para a prima, ao mesmo tempo em que lida com sua insegurança em relação ao novo desafio profissional.

Finalizando, a plateia aprendeu sobre o longa Alice Júnior, no qual a atriz Anne Celestino, o diretor Gil Baroni e o roteirista Luiz Bertazzo esmiuçaram detalhes sobre a produção. A obra teve consultoria direta de Celestino, pois a atriz realmente entende o que é ser trans. “Descobri ser trans ainda na adolescência, quando fazia intercâmbio escolar nos Estados Unidos. Ao voltar ao Brasil, descobri como o preconceito é feroz, fator que desmotiva e contribui para problemas como a prostituição, que se torna a única saída para mulheres que não são aceitas pela família”, afirmou.

No longa, Alice Júnior é uma youtuber trans cercada de liberdades e mimos. Depois de se mudar com o pai para uma pequena cidade onde a escola parece ter parado no tempo, a jovem precisa sobreviver ao ensino médio e ao preconceito para conquistar seu maior desejo: dar o primeiro beijo.

Conheça a programação completa do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro aqui: http://www.festivaldebrasilia.com.br/programacao


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